Tradicional ponto de encontro dos paranaenses, importante nos debates políticos de abrangência nacional que ocorreram nas últimas décadas, palco do primeiro comício das Diretas Já, comemora os 59 anos. O bom e velho bate papo nos cafés, agora turbinado pelos aplicativos de mensagens para smartphones, continua critico, ácido e democrático. E mesmo com a evolução da comunicação, essa pratica permanece forte, preservada através do tempo.
Para preservar a tradição, um grupo de “cavalheiros” promove, ano após ano, um tradicional jantar, reunindo frequentadores assíduos do ponto de encontro da capital paranaense, o dia 13 de dezembro é data sagrada. Nessa ocasião eles celebram a história, em respeito à tradição iniciada por Anfrísio Siqueira (in memoriam), fundador da Confraria dos Cavalheiros da Boca Maldita, reconhecendo aqueles que contribuem para a democracia.
Neste ano a Boca Maldita homenageou o juiz federal Sergio Moro, o ministro do STF Luiz Edson Fachin e o Ministro do TCU Augusto Nardes. O orador do evento foi o senador Alvaro Dias, já homenageado pela confraria e orador principal em outras ocasiões. Além destes, outros nomes receberão a comenda e tomarão posse como “Cavalheiros da Boca Maldita”.
O jantares da Boca Maldita tem um regra: mulher não entra. Pode parecer estranho nos dias atuais, mas a tradição “machista” prevalece e é cobrada rigorosamente por membros da confraria.
A idéia de reunir anualmente os frequentadores da Boca é explicada por seu fundador, em uma entrevista ao jornalista José Wille – “O grupo se reunia ali na esquina da Ébano Pereira com a XV de Novembro. Falavam de futebol, mulher, ficavam até as duas horas da manhã, toda noite. Naquele tempo, não tinha o calçadão, os carros passavam por ali. Como sempre tem jantar dos médicos, dos engenheiros, sei lá, alguém sugeriu “Nós temos que fazer o jantar da Boca” – revelou Siqueira.
O jantar aconteceu nesta noite de domingo, 13/12, em Curitiba. #ADComunicação